sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Me diga o que você vê?

Após madrugadas de desespero, sem escolhas, tive que fugir... Tinha que conseguir um conselho. uma opinião, a ajuda de amigos, de um irmão, acho que não mais bastarão, pra minha salvação terei , contra a minha vontade de partir para apelação. Era manhã de quinta, eu decidi ir ao consultório, minha mente, não sei explicar como . porque, continuava descrente.
Muito profissional, o simples doutor, chegou e me perguntou o que eu sentia, como qualquer lunático, apenas disse: Nada, não senhor, estou aqui apenas passeando. Ele se preocupou, começou um questionário, o qual não me orgulho em dizer que menti... Menti, menti,menti... Ele se ausenta por alguns minutos. Conto o tempo, só mais um pouco eu escapo de mais essa, ele me volta com uma imagem, um borrão, de seus ocúlos recaídos apenas diz em vão: Fábio, o que você vê?
Simplesmente respondo: Nada doutor, isso é só um borrão.
Ele insiste na pergunta... começo a olhar pra imagem escura e de repente vão me surgindo horríveis figuras, fico pasmo,pálido,congelado. Ao notar minha reação apenas perguntou novamente, calmo e sereno: O que você vê?
A pressão era muita o peito não aguenta, as lágrimas dos olhos vão caindo, e de repente mais uma vez só que desta inconsciente eu começo a falar, ou melhor a gritar:
"Doutor eu vejo caminhos a minha frente, todos sombrios, eu tenho que entrar em um deles, mas qual? A cada lugar sinto mais de um arrepio, subindo pela coluna mal tratada, o que vou fazer? Eu não sei de nada? PRA ONDE CORRER?... Eu vejo pessoas, elas estão atrás de mim, não sei o que querem , mas eles não gostam de mim, O que eu faço? O que eu faço? O que faço? Doutor, me diga alguma coisa, você não está vendo? Está logo aí na sua mão? Tira isso daqui, eles vão me pagar pra onde vou fugir ? Pelo amor de Deus Doutor me diga, o que você está ....."
O silêncio repentino fez com que eu trocasse o narrador, pasmo o jovem Doutor , observa, diante dele o que vê? Um corpo de um jovem moreno, caído no chão...Ele morrera, não se sabe por que razão, mas de qualquer forma em vão...Era apenas um borrão.
Agora nobre leitor, se um dia quiser entender tal tormento, apenas me de um momento e me diga: O que você vê?

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